terça-feira, 25 de outubro de 2011

A CONTRIBUIÇÃO DA GEOGRAFIA PARA O ESTUDO DO MUNICÍPIO


A CONTRIBUIÇÃO DA GEOGRAFIA PARA O ESTUDO DO MUNICÍPIO DE JACARACI – BAHIA


INTRODUÇÃO

A pesquisa se propõe realizar um levantamento dos aspectos geográficos do município de Jacaraci – BA analisando os elementos físicos, conjugados com as atividades humanas realizadas ao longo dos tempos e que interferem no ciclo natural da evolução terrestre.
A geografia é uma ciência que tem por objetivo o estudo da superfície terrestre e a distribuição espacial de fenômenos significativos na paisagem. Também estuda a relação recíproca entre o homem e o meio ambiente (Geografia Humana). Para alguns a Geografia também pode ser uma prática humana de conhecer onde se vive para compreender e planejar o espaço onde se vive. Um dos temas centrais da geografia é a relação homem-natureza. A natureza é entendida aqui como as forças que geraram ou contribuem para moldar o espaço geográfico, isto é, a dinâmica e interações que existem entre a atmosfera, litosfera, hidrosfera e biosfera. O homem é entendido como um organismo capaz de modificar consideravelmente as forças da natureza através da tecnologia.
Segundo os PCNs, o estudo de Geografia possibilita, aos alunos, a compreensão de sua posição no conjunto das relações da sociedade com a natureza; como e porque suas ações, individuais ou coletivas, em relação aos valores humanos ou à natureza, têm conseqüências — tanto para si como para a sociedade. Permite também que adquiram conhecimentos para compreender as diferentes relações que são estabelecidos na construção do espaço geográfico no qual se encontram inseridos, tanto em nível local como mundial, e perceber a importância de uma atitude de solidariedade e de comprometimento com o destino das futuras gerações. Além disso, seus objetos de estudo e métodos possibilitam que compreendam os avanços na tecnologia, nas ciências e nas artes como resultantes de trabalho e experiência coletivos da humanidade, de erros e acertos nos âmbitos da política e da ciência, por vezes permeados de uma visão utilitarista e imediatista do uso da natureza e dos bens econômicos.
Nos últimos anos verifica-se que, tanto nos meios acadêmicos como nos meios de comunicação, as notícias sobre o meio ambiente tem ocupado um espaço considerável, principalmente quando se trata de impactos negativos e que interferem na qualidade de vida da população. Nos grandes centros e em áreas de interesse por recursos naturais, o acervo de informações sobre essas questões tem aumentado. Entretanto, em algumas regiões a ausência de um conhecimento sistematizado da natureza não tem despertado a atenção necessária.
O objetivo deste trabalho é realizar um estudo sobre como a geografia tem contribuído para o estudo do município de Jacaraci – BA.
Para tingir os objetivos propostos por este trabalho procuramos, inicialmente, na literatura geográfica informações sobre a região onde o município está inserida. Todo o referencial geográfico foi fundamentado numa geografia generalizada, onde procuramos selecionar textos que tratavam dos vários aspectos geográficos de uma maneira geral.

O MUNICÍPIO DE JACARACI: SUAS CARACTERISTICAS GERAIS E HISTÓRIA.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o município de Jacaraci fica situado na Região Centro-Sul baiano, microrregião administrativa de Guanambi, no Estado da Bahia, a 719 quilômetros de Salvador, em linha reta.
Além das referencias mencionadas, o município faz parte do rol de cidades que integram o Planalto Sul baiano e cidades da Serra Geral.
A Serra Geral é uma cadeia de montanhas localizada entre a Chapada Diamantina e a Serra do Espinhaço, em Minas Gerais, o que permite dizer que as três serras – Serra do Espinhaço, Chapada Diamantina e Serra Geral – podem ter origem orográfica comum, formando uma única cordilheira em seu início.
Inserido no semiárido brasileiro, o município de Jacaraci é um dos 42 municípios do Nordeste brasileiro que, desde 3 de maio de 1953, integram o polígono das secas.
É uma região sertaneja afetada por secas constantes, onde as estações do ano dividem-se em duas: a do período da seca e a da época das chuvas. Quando não ocorre seca, as chuvas começam em setembro ou outubro, estendendo-se ate fevereiro ou março.



ALTITUDE
A altitude da sede municipal é de 622 metros em relação ao nível do mar. Foram ainda apurados cerca de 900 metros de altitude no lugar denominado “Saco da Onça”.

LIMITES
Conforme dados fornecidos pela SEI (Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia), os limites do Município de Jacaraci são:
N – Lecínio de Almeida
NNE – Caculé
E - Condeúba
SE – Mortugaba
S – Estado de Minas Gerais
WNW – Urandi



RELEVO
Com 1.246,4 quilômetros quadrados, o município de Jacaraci é considerado um dos maiores territórios da Bahia. Como parte do Planalto Sul baiano, em seus domínios encontra-se um dos picos mais altos do Estado da Bahia e do Brasil, o Morro do Chapéu, que contabiliza 1500 metros de altitude, em relação ao nível do mar. Nas dimensões geográficas da Serra Geral, observam-se a existência das serras da Areia Branca, Brejinhos, Mimoso, Capão e Serragem.
Além das montanhas e piemontês, o cenário do município se completa com grandes extensões de áreas esplanadas e baixadas, situadas em torno dos rios e córregos dos seus distritos e povoados rurais e urbanos.

GEOLOGIA
Geologia é a ciência que estuda a história física da Terra, sua origem, os materiais que a compõe e os fenômenos naturais ocorridos durante várias etapas da sua evolução.
Há poucas informações disponíveis sobre o passado geológico de Jacaraci, apesar da existência de diversas de minerais de interesse econômico, como diamante, manganês e ouro.
A formação geológica do município remota aos períodos mais antigos preservados em rochas da Terra, quando foi formado seu embasamento. Esse período caracteriza-se na região por intensa atividade vulcânica que resultou na geração de diversas formações vulcano-sedimentares de rochas verdes. Todavia a mais espetacular formação rochosa existente no território municipal foi a formação da Serra do Espinhaço em Bacias sedimentares e com vulcanismo, que ocorreu em aproximadamente entre 1,73 e 1,57 bilhões de anos trás.




RECURSOS MINERIAS

De acordo com os acontecimentos históricos registrados sobre o município e segundo relatos orais, cortavam ouro com machado nas minas velhas do Morro do Chapéu e ainda há extração de diamante e manganês nos dias atuais. Também existe ouro no município, sendo o principal recurso de extração do manganês.




HIDROGRAFIA
Hidrografia é a parte da Geografia Física que classifica e estuda as águas do planeta pesquisando oceanos, mares, geleiras, águas do subsolo, lagos, águas atmosféricas, rios etc.
O sistema hidrográfico do município de Jacaraci possui características próprias, em função de sua localização geográfica. No município não existe mar, não existem geleiras e nem aqüífero. Quando andamos em meio urbano ou pelas propriedades rurais constatamos uma diversidade hidrográfica composta por rios, córregos, aguadas, tanques, poços, cisternas, açudes, barragens, etc.
Em Jacaraci, oficialmente, nascem três rios: Rio Gavião, Rio Paiol e o Rio Verde Pequeno. Os rios Gavião e Paiol são afluentes da bacia hidrográfica do Rio de Contas. O Rio Verde Pequeno pertence a bacia hidrográfica do Rio São Francisco. Os rios Gavião e Verde Pequeno nascem no Morro do Chapéu, e o Rio Paiol, nas proximidades do distrito de Paiol. Popularmente são também chamados de rios alguns afluentes como o Rio da Passagem e o Rio do Peixe, que não constam oficialmente nas referências hidrológicas sobre o município de Jacaraci.



CLIMA

O clima do município é seco subúmido, ou seja, quente durante quase todo o ano. A temperatura media anual é de 20,2º C. A precipitação média anual (chuvas) atinge de 700 a 800 mm, com cerca de 80 centímetros de infiltração da chuva no solo.
No município e demais localidade, onde predomina o clima seco, não se observa as quatro estações do ano; após o frio em junho e julho, vem o forte calor do mês de agosto.
O período chuvoso começa normalmente em setembro e outubro, sendo o ponto culminante em dezembro; em alguns anos chega a chover durante todo o mês de dezembro.
Entre os meses de janeiro e março, é comum uma estiada durante o período de chuvas, com dias de intenso calor. Esse fenômeno acarreta transtornos sociais para a população local.




MEIO AMBIENTE

Meio ambiente é uma circunvizinhança em que uma organização opera, incluindo-se ar, água, solo, recursos naturais, fauna, flora, seres humanos e suas inter-relações (ISSO 14001).
A vegetação do tipo caatinga cobre mais de 60% do território de Jacaraci. A vegetação é xerófila, onde predomina arbustos caducifoliados e espinhosos, sendo plantas adaptadas aos ambientes áridos. As plantas xerófilas possuem folhas atrofiada e caules grossos, onde armazenam água e alimentos. No município, temos como exemplo de espécies mandacaru, cacto, palma, jureminha, tatarema, jurubeba e imburana, entre dezenas de outras. Plantas caducifoliadas são aquelas que perdem suas folhas na estação da seca ou no inverno, bem como sua coloração verde.
Outro tipo de vegetação existente no município é o cerrado. Esse tipo de vegetação só existe exclusivamente nos arredores da cidade de Jacaraci. Uma planta muito encontrada nessas proximidades e o pequizeiro.
A vegetação de cerrado e a sua diversidade biológica são de grande importância para as populações do meio rural, pois são muitas as espécies vegetais que produzem frutos utilizados na alimentação humana e na medicina popular, destacando-se em Jacaraci o pequi.
A fauna do município é bastante variada e as espécies mais conhecidas são: cotia, veado, preá, tamanduá, raposa, suçuarana, porco-do-mato, gambá, codorna, juriti, nambu, gavião, periquito, canário-da-terra, entre outros.


Bibliografia
Oliveira, Elton Soares de Oliveira. Jacaraci : cidade da área branca/ Elton Soares de Oliveira, São Paulo:Noovha America,2009.-(Serie Canto e encanto com a minha história)

David , Zoraid Guerra, Jacaraci; Ontem e Hoje/ Zoraid Guerra David.-15cd.Belo Horizonte, Organização Pergaminho Ltda,1999. 393p.

Equipe:
Andréa Rocha de Abreu
Antônio Carlos aires da silva
Mauricio Trindade
Francisco Alves de Lima.

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO



           

          Escolhemos para realizar esse trabalho o Colégio Estadual Zuleide Freire de Abreu,que hoje trabalha somente com a modalidade de Ensino Médio assumindo a responsabilidade de ofertar o ensino médio a cada cantinho do município de Jacaraci.
O Projeto Político Pedagogico deste Colégio visa a construção de uma sociedade democrática e igualitária que tem como base a educação de uma nova geração desprovida de preconceitos e verdadeiramente consciente de sua cidadania, sua participação na estrutura social e diante das transformações que desejamos para essa sociedade.
Com o olhar da educação sob este prisma a direção, corpo docente e funcionários do Colégio Estadual Zuleide Freire de Abreu alia-se a toda a comunidade no intuito de intervir na sociedade. Através de um ato pedagógico humanista, alicerçada nas necessidades de cada educando que considere os aspectos psicológicos e fisiológicos que contribuem para a construção cognitiva onde a educação é uma mediadora entre o individuo e seus horizontes.
O objetivo principal da elaboração deste documento por uma instituição educativa não está ligado apenas às exigências legais ou aos aspectos relacionados ao cumprimento de sua formalização textual, mas, sim, à qualidade conseguida ao longo do processo de sua elaboração, uma vez que o PPP somente se constituirá em referência para as ações educativas se os sujeitos da comunidade escolar se reconhecerem nele, para referendá-lo como tal.
Nos atuais tempos de globalização, a tarefa de educar está muito dividida, a família, comunidades religiosas e culturais, os meios de comunicação, além de outras tecnologias como a internet, formam um conjunto de transmissores de informações que auxiliam na formação intelectual do educando. Entretanto, embora essa fragmentação exerça uma democratização maior no ensino é à instituição escolar que cabe o papel de educador. Entendendo esse sistema pode-se dizer que a educação vem sofrendo mudanças sendo prioridade hoje a construção de uma sociedade democrática e igualitária, que tenha por base a educação de uma nova geração, desprovida de preconceitos e verdadeiramente consciente de sua cidadania.
Para além de um ambiente de formação científica, a escola da atualidade precisa estar atenta à formação ética e moral de sua clientela, sem estagnar suas metodologias. É necessário estar atento às transformações também no mundo tecnológico e adotar estes recursos como aliados atrativos para nossas aulas.
É o papel da instituição escolar interferir e transmitir o conhecimento adquirido ao longo dos tempos, isso além de sua função social, é claro, agora as alternativas de como este conhecimento precisa ser adquirido é um grande desafio para a escola de hoje, tornar este conhecimento atrativo e fascinante seria uma ótima alternativa, chamar estes indivíduos à consciência de suas capacidades e é claro valorizando, desenvolvendo as múltiplas inteligências “Na sociedade da informação a escola deve servir de bússola para navegar nesse mar de conhecimento, superando a visão utilitarista de só oferecer uma formação geral na direção de uma educação integral “ Gadotti 2000).
A visão da Escola é serem reconhecidos como uma escola eficaz, em nível de aprendizagem e aprovação, contribuindo para a formação integral do ser humano.
A missão da escola é oferecer um ensino de qualidade e formar cidadãos críticos, responsáveis, atuantes como agentes transformadores na busca de conhecimento e no exercício da cidadania.
A escola precisa ter respeito aos aspectos emocionais, afetivos e mesmo ao desenvolvimento físico de seus alunos, suas múltiplas inteligências, para proporcionar um equilíbrio entre corpo, mente, sentimentos, aspectos indissociáveis e com importantes funções na formação integral dos educandos.
Aprender a lidar com suas emoções dentro e fora da escola também é parte da educação favorecendo a organização social e consequentemente os interesses pela busca do conhecimento, seria a associação entre o racional e o emocional favorecendo os aspectos cognitivos.
Essa mudança de paradigmas dentro do ambiente escolar de melhores condições de aprendizagem é como um processo elaborado conjuntamente entre o potencial genético e fatores ambientais que possibilita o estímulo de competências, o que hoje é papel fundamental da instituição escolar, a mera transmissão de conhecimentos não atende mais as necessidades do mundo atual, desenvolver competências. A tarefa do professor hoje é lidar com construção do conhecimento e sua aplicação em situações-problema que mobilizem os alunos a requerer ações específicas associadas à competência que se quer desenvolver.
O objetivo da escola é ser um espaço no qual os alunos adquiram compreensão de seu mundo e de seu tempo, sendo preciso, para tanto, organizar os processos de aprendizagem e otimizar o uso do tempo, facilitando a ocorrência do trabalho coletivo e propiciando o desenvolvimento de suas múltiplas inteligências.
O professor é peça chave nesse processo, a interação entre professor e aluno, a linguagem utilizada, as metodologias, sem dúvida, são meios. Agora que podemos diversificar e envolver um grupo de pessoas, de conteúdos e metodologias temos como resultado as reais situações que envolvem a importância do conhecimento, tornando-o mais atrativo e consequentemente mais significativos.
A equipe de professores e gestores do Colégio Zuleide, tem a preocupação em estar, ao longo do ano letivo, promovendo projetos interdisciplinares que desenvolvam habilidades artísticas nos nossos alunos; trabalhamos com projetos vindos da secretaria de educação como a AVE (projeto que busca através da arte despertar o interesse dos alunos às disciplinas), o FACE (trabalha a inteligência musical dos alunos) o TAL (projeto de produção textual, que muito estimula a leitura). Os jogos escolares, também um projeto proposto pela secretaria do estado e adotado pelo colégio, estimula sobremaneira a parte de educação física e mesmo o desenvolvimento cognitivo destes. Também é uma preocupação da escola colocar em prática, questões importantes como a lei 11.645 “Estudos afro-descendentes e indígenas”, que são inseridos nas disciplinas: Literatura, Redação, História, Sociologia, Filosofia e Atualidades, têm a finalidade de trazer para perto dessas pessoas a história de nosso povo e as diferentes origens de nossa formação.
Além desse trabalho temos projetos de trabalhos que estão voltados a nossa realidade e as dificuldades dos alunos, como projetos de estímulo à leitura, e que contemplam valores morais e datas importantes de nossa cultura.
A família, durante muito tempo, não foi objeto de estudos, no entanto é na instituição familiar que vivenciamos a primeira forma de amor com que se tem contato na vida. É nela que nos humanizarmos, valorizando esse relacionamento e esse sentimento, vamos transmiti-los aos nossos filhos.
Os papéis da família e da escola modificaram-se ao longo das décadas. A principal diferença refere-se à transmissão do conhecimento, pois antigamente, essa transmissão dava-se apenas na escola, destinada à transmissão dos conhecimentos acumulados pela sociedade, valores e padrões de comportamento eram ensinados pela família. É certo afirmar que para que os alunos sejam bem sucedidos na escola, precisam estar bastante motivados, tanto para permanecerem como para realizarem todas as tarefas exigidas.      Este sucesso decorre, entre outras coisas, da motivação que esta relação consegue. A motivação desperta o interesse do aluno e o aprendizado ocorre satisfatoriamente, mas para que este fato concretize-se é necessário o desejo das duas instituições.
No entanto, a instituição família tem recebido pouco investimento das pessoas, até pela falta de sentido que a reveste nos dias de hoje, em que o consumismo reina soberano e até as leis ajudam na sua fragmentação. A instituição social mais tem colaborado na extinção do que na promoção da família.
Atualmente, a família tem passado para a escola a responsabilidade de instruir e educar seus filhos e espera que os professores transmitam valores morais, princípios éticos e padrões de comportamento, desde boas maneiras até hábitos de higiene pessoal. Justificam alegando que trabalham cada vez mais, não dispondo de tempo para cuidar dos filhos. Além disso, acreditam que educar em sentido amplo é função da escola. E, contraditoriamente, as famílias, sobretudo as desprivilegiadas, não valorizam a escola e o estudo, que antigamente era visto como um meio de ascensão social.
Dentro da instituição Colégio Estadual Zuleide Freire de Abreu temos uma proposta de integração entre a comunidade escolar e as famílias que dela fazem parte, por meio de reuniões, participativas de atendimento individuais procuramos colocar os pais a parte da vida escolar de seus filhos, e por meio de projetos que são executados de forma expositivas aproximá-los das descobertas de talentos deste.
 O contato entre a família e a escola é questão primordial, convém cuidar e fazer funcionar, seja ele informal, o que permite conhecimentos progressivos dos nossos professores e alunos e  ajudam a tranquilizar os pais e verem ao colégio com segurança, de que escola e família poderão estabelecer critérios educativos comuns, em algumas situações apresentando a necessidade de estabelecer determinados acordos que favorecendo a transição que existe nessa fase onde estes educandos ainda estão em dúvidas sobre ser crianças ou adultos. A participação das famílias pode ser benéfica para a escola, aproxima os dois mundos, favorecendo aprendizagens mútuas, nas quais cada pessoa pode trazer uma experiência, um saber, uma maneira de fazer diferente e enriquecedora, esta participação nunca deverá gerar confusão sobre as funções, havendo sempre a priori o desenvolvimento desses adolescentes, melhorando a tarefa educativa dos pais e educadores.
É conveniente favorecer um clima harmônico entre escola e família, com a troca de experiências educativas, que buscam a socialização em determinados valores, a promoção das capacidades cognitivas, artísticas e que promova um equilíbrio pessoal cuidando sempre do bem-estar físico e psíquico favorecendo o desenvolvimento dos alunos do nosso educandário.
Dentre as ciências humanas, a geografia possui a particularidade de ser uma ciência de síntese, já que tem por objetivo de estudo principalmente as relações entre a sociedade e a natureza; entre o homem e o meio geográfico que o condiciona e que é, concomitantemente, por ele produzido e transformado. O espaço geográfico é cada vez mais, espaço social, ou em outras palavras, espaço historicamente criado na medida em que se amplia o domínio do homem sobre as condições naturais.
Se por um a lado o maior domínio do homem sobre a natureza significou a abertura de novos horizontes no que se referem às possibilidades de se produzir riquezas e bens materiais, esse fato colocou, por outro lado, enormes desafios diante de nós e das próximas gerações. A degradação do meio ambiente deixa como conseqüência indesejável, o avanço das sociedades urbano-industriais. Como conciliar o crescimento econômico e aumento da riqueza material com a proteção das condições ambientais, é um desafio ao homem. A manutenção e mesmo ampliação das desigualdades sociais e a exclusão de grande parte da humanidade do acesso aos benefícios do progresso tem de ser necessariamente a contra partida do progresso técnico? Em suma, que tipo de futuro e de sociedade queremos construir? Essas são algumas das questões que o estudo geográfico coloca diante do aluno fazendo com que ele reflita criticamente sobre o mundo em que vive. As competências e habilidades são;
  • Estabelecer relações de ordem, de contradição e complementaridade dos processos ambientais, econômicos, sociais, políticos e culturais das mais diversas realidades histórico-culturais;
  • Explicar as transformações provocadas pela revolução técnico-cientifica e pelo desenvolvimento da sociedade urbano-industrial, relacionando-as com os impactos ambientais, com a globalização da economia e a atuação do capital financeiro e das grandes corporações internacionais;
  • Analisar o arranjo geopolítico mundial em diferentes contextos históricos, associando e diferenciando sistemas político-econômicos e o papel dos Estados nacionais e dos organismos internacionais;
  • Reconhecer e contextualizar grupos étnicos, culturais e sociais, respeitando as diferenças e destacando o Brasil, os países europeus e africanos, os EUA, a Rússia, a China, o Japão e países do sudeste asiático;
  • Inferir e julgar opiniões/pontos de vista de interesses geográficos expressos em diferentes tipos de linguagem, identificando e caracterizando interlocutores, épocas e lugares;
  • Utilizar diferentes escalas de tempo e espaço para explicar e criticar a relação sociedade/natureza, os padrões de saúde e o desenvolvimento das populações urbanas, manifestando-se por escrito, apresentando proposta e agindo;
  • Desenvolver noções de território, lugar, naturalidade, nacionalidade, patrimônio, cultura como elementos constituintes de identidade cultural;
  • Analisar as relações de poder das práticas sociais no espaço de vivência, associando as referências locais  com outros lugares de culturas e economias diferentes, numa visão regional, nacional e planetária;
  • Priorizar o desenvolvimento de habilidades, tais como; leitura e interpretação de textos, gráficos, mapas e fotografias, estabelecimento de relações entre informações, análises e sínteses, criticidade, representação do espaço, produção de gráficos, orientação e localização de fatos e fenômenos;
  • Criticar o consumo espacial das paisagens locais/ nacionais/ mundiais pelo turismo predatório, argumentando sobre formas alternativas de uso/consumo das paisagens pelo lazer;
  • Relacionar as implicações da revolução tecnocientífica, avaliando a participação e organização da comunidade nos movimentos sociais nas cidades e no campo, tendo como referências: trabalho, emprego, desemprego, consumo, consumismo, políticas públicas e ambientais;
  • Relacionar a origem dos conflitos no uso do território e na gestão de seus recursos com situação de desigualdade do desenvolvimento econômico e social, avaliando as políticas públicas utilizadas para resolvê-los;
  • Compreender a hierarquização territorial de acordo com a escala e sua organização administrativa em: bairro, cidade, região, estado, nação até a totalidade planetária.
  • Analisar alternativas possíveis para combater a exclusão social, tomando como referência parâmetros da sustentabilidade política, social e ecológica.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Histórico do Município de Jacaraci



O Topônimo surgiu em razão da existência de um rio, às margens do qual se encontra um barro chamado Jacaracica, porém encontra-se uma segunda definição na língua tupi-guarani, vertente ou manancial curto, antigamente conhecida como rio de pequeno curso. A lei estadual nº 464, de 19 de agosto de 1902, deu-lhe a denominação de Jacaracy (Revista do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia, p.284).
O Município de Jacaraci teve sua origem no povoado de Almas benditas de Nossa Senhora da Boa Viagem, pertencente ao Município de Caetité onde, nos princípios do século XIX, foi erguida a capela de Nossa Senhora da Boa Viagem, filiada à freguesia de “Nossa Senhora do Rosário do Gentio”.
Em 1849, politicamente, o distrito do Gentio pertencia ao termo Vila Nova do Príncipe de Santana de Caetité, comarca de Jacobina. Mas a jurisdição de sua paróquia, neste ano, tornava-se autônoma, administrando toda essa região até o limite de Minas Gerais.
Pertenciam à Paróquia da Freguesia do Gentio os Municípios de São João da Gameleira (Pindaí), Vila de Duas Barras (Urandi), Vila das Almas (Jacaraci), Vila Bela das Umburanas (Guiripá), Vila da Boa Vista de Jacaraci (Mortugaba) e Vila de Licínio de Almeida.
Foi criado o Distrito em 1857, pela Lei Provincial nº 657 de 16 de dezembro.
A Lei Provincial nº 1958, de 07 de junho de 1880, criou a vila e municípios de Almas, ocorrendo sua instalação em 25 de abril de 1885, porém antes da criação da Vila de Nossa Senhora da Boa Viagem, Jacaraci, como é conhecida atualmente, foi habitada por indígenas e por moradores de uma fazenda e um povoado, conforme documentos do século XVIII[1].
Em virtude da Lei Estadual nº 464, de 19 de agosto de 1902, o município e seu distrito-sede passou a denominar-se Jacaraci, figurando aquele na divisão administrativa do Brasil referente a 1911. Nesse ano, o Município de Jacaraci compunha-se apenas do distrito-sede.
Em 1933 o Município de Jacaraci subdividiu-se em dois distritos, o da sede e o do Rio das Palmeiras (hoje Paiol), verificando-se o mesmo nas divisões territoriais de 31 de dezembro de 1936 e 31 de dezembro de 1937
No decorrer de sua história, Jacaraci teve seu território desmembrado para formar os municípios de Mortugaba e Licínio de Almeida. Atualmente, o Município de Jacaraci se compõe de três distritos: o da Sede, Irundiara e Paiol e dois povoados: Itumerim e São José.


[1] OLIVEIRA, Elton Soares de. Jacaraci: Cidade da areia branca, 2009, p. 52.

Aspectos culturais


A Lei nº 363, de 14 de novembro de 1980, cria os símbolos municipais de Jacaraci: brasão municipal, bandeira municipal e hino municipal.
De acordo o Decreto-Lei nº 72, de 31 de março de 1947, estabeleceu dois feriados municipais: o primeiro 07 de junho referente que marca a emancipação político-administrativa do município (Aniversário da cidade) e o dia 08 de setembro para culto à padroeira da freguesia (Padroeira do Município).
As festas juninas constituem verdadeiras tradições no município, entre elas: Santo Antonio (13 de junho), São João (14 de junho) e São Pedro (29 de julho), sendo esse último prestigiado nas festas da Sede do Município e considerado feriado municipal.
O reisado, tradição que junta à população e visitam casas onde cantam os reis no 1º de janeiro e encerra no dia 06, dia dos Santos Reis.
                O Município possui os seguintes circuitos turísticos:
                Morro do Chapéu: Com 1.500 metros de altitude em relação ao nível do mar, é um dos picos mais elevados da Bahia. Na localidade podem ser observadas diversas ruínas de garimpo de ouro e diamante. O morro está situado em uma significativa extensão da antiga região das Minas Novas do Fanado e, em seu pico encontra-se o Cruzeiro com o Cristo Morto. No Morro do Chapéu nascem os rios Gavião e Verde Pequeno; e na parte oeste do morro se encontra o povoado de São José.
                Pedra Furada: é uma nascente de água de grande volume, que, de tanta a correnteza bater, fez-se um furo na rocha. Predomina no local a vegetação catingueira, com existência de grande quantidade de pequizeiros (vegetação do cerrado). A pedra Furada situa-se entre a cidade de Jacaraci e o Morro do Chapéu.
                Boca do Impossível: Garganta formada pelo Rio Verde Pequeno cujas águas deslizam num corte natural e profundo, na Serra Geral, com paredes que medem aproximadamente 30 metros de altura, 40 metros de cumprimento e 3 metros de largura. Para os turistas é considerado o local mais lindo do Município, pois encontram: água limpa, clima fresco, vegetação, canto de pássaros, pouca presença humana, frutas silvestres, céu azul e muita sombra. No local existem pinturas ruprestes.
                Vale das Sempre Vivas: São pequenas flores típicas das serras do Espinhaço, geral e Chapada Diamantina, só encontrada nessa região. Situa-se nas proximidades do Cruzeiro e da Gruta de Nossa Senhora, pico do Morro do Chapéu, é uma das paisagens mais belas encontradas no cenário rochoso.
                Areia Branca: jazida de areia branca em Jacaraci é uma das atrações natural, um dos mais importantes patrimônios públicos do município, tema de poesia de Patrício Guerra “O morro da Areia Branca”.
                Capelinha do Cruzeiro: situada no alto da Vila de Jacaraci, onde ocorre na 1ª semana de agosto a Festa do Bom Jesus do Monte, localização privilegiada para uma visão panorâmica da cidade de Jacaraci.
                Nascente do Banheirão: A nascente de água que originou o Banheirão é uma das mais importantes para o sistema de abastecimento doméstico da cidade, bem como do cenário paisagístico da sede do município. A água brota das entranhas da serra, em um  capão de mato historicamente preservado para manter a qualidade e a quantidade de água.
                Rio Gavião: encontra-se na região leste do município, abrangendo a nascente do rio e a sua foz. Sua extensão é de 80 quilômetros.